A
criança de 1 ano e 5 meses
Para
abrir a matraquinha
Observar
a criança aprender a falar é uma das experiências mais incríveis de ser pai e
mãe.
Há
crianças que disparam a falar e lá no meio aparece uma palavra inteligível.
Outras aprendem a dizer uma palavra de cada vez, aumentando o vocabulário aos
poucos, meticulosamente. Outras ainda usam um termo sem parar, por semanas, e
depois o esquecem.
Todas
essas variações são normais. O que você pode fazer para ajudar é descrever tudo
e mais um pouco para o seu filho. Não só as coisas, mas também sensações:
"Viu como o chão está quente?" ou "Olha só que pelo macio tem o
cachorrinho!".
Quando
der uma volta com seu filho, andando ou no carrinho, aponte para as coisas e
diga o nome delas. Procure usar palavras normais, e não só apelidos fofinhos.
Logo ele vai tomar gosto e começar a mostrar e nomear as coisas sozinho.
Se
seu filho ainda não falar muito, converse com ele usando frases curtas,
principalmente se ele parecer confuso quando você lhe faz perguntas ou pede
para fazer alguma coisa.
Em
vez de dizer: "Você não está com fome? Por que então não come a
bolacha?", diga apenas: "Coma a bolacha". Outra dica é usar
afirmações ("Coma direitinho") em vez de frases negativas ("Não
jogue a bolacha no chão!").
Lembre-se
que escutar é fundamental para a aquisição da linguagem. Se seu filho sofre com
otites ou se você desconfiar de algum problema de audição, fale com o pediatra.
Ponha
seu filho para desenhar!
Nesta
idade, as crianças adoram criar obras de arte. Se da primeira vez que você pôs
um giz de cera na mão do seu filho ele fez rabiscos pela folha toda, agora pode
ser que ele consiga controlar o desenho melhor, ocupando espaços diferentes do
papel e talvez até tentando fazer círculos.
Caso
você ainda não tenha tentado, não há problema. Se conseguir, arranje um papel
mais grosso e grude-o na mesa com fita adesiva. Giz de cera é melhor que lápis,
pois traz menos risco de machucados. Prefira os grossos, pois os finos vão
quebrar muito rápido.
Outra
alternativa é giz para riscar a calçada ou o quintal. Giz molhado pode ser
usado no papel e não solta tanto pó.
Quando
sair para um passeio, ou for brincar lá fora, você pode recolher folhas e
pedrinhas junto com seu filho, para depois fazer uma colagem em casa.
Nada
de texturas esquisitas
Seu
filho não gosta muito de pisar descalço na areia? Nem na grama? Como ele está
percebendo melhor as sensações, começa a reclamar se elas são muito diferentes.
Pelo
mesmo motivo, pode começar a recusar alguns alimentos, menos por causa do sabor
e mais pela textura na boca. Pudim, gelatina e purê, por exemplo, podem ser
vítimas.
Há
crianças que não gostam de ser penteadas, outras que reclamam que a roupa
incomoda. Procure ceder um pouco: arranje roupas que não apertem, use
condicionador para facilitar a tarefa de pentear, distraia a criança com outra
atividade na hora de arrumar o cabelo, ou brinque de cabeleireiro com ela.
Só
não esqueça de ir trabalhando para diminuir o incômodo. Quanto mais a criança
se acostumar com as sensações, mais fácil será a vida de todo mundo.
Caminhando
com firmeza
Mais
de 90 por cento das crianças já andam ou estão prestes a aprender a andar com
esta idade. Agora é questão de ficar mais firme. De andar para subir em tudo o
que aparecer pela frente é um pulo. Seu filho vai querer subir na cadeira
sozinho.
Outro
possível "feito" é querer pular a grade do berço. Certifique-se de
que o estrado está na posição mais baixa possível, e nunca deixe a grade
abaixada se você ainda tiver um berço com lateral móvel (que passou a ser
proibido pelo Inmetro). Caso seu filho consiga escapar mesmo assim, talvez você
já tenha que pensar em passá-lo para uma cama.
Você
está preocupada porque seu filho não parece interessado em andar? Converse com
o pediatra, pois só ele pode identificar se há algum motivo especial para o
atraso.
Enquanto
isso, continue fazendo muita festa a cada passinho, e experimente dar alguma
coisa para seu filho segurar enquanto tenta andar. Muitas vezes isso ajuda com
o equilíbrio e distrai a criança.
O
reino do eu-sozinho
Você
já mora nessa terra do "eu-sozinho"? Seu filho quer fazer tudo sem
ajuda? É claro que algumas coisas não dá para deixar, mas outras você pode
permitir que ele faça, mantendo-se por perto para ajudar se necessário.
A
hora da refeição é uma boa oportunidade para dar à criança certa autonomia,
deixando-a levar a colher à boca sozinha (apesar da sujeira!).
Talvez
seu filho comece a demonstrar preferência por uma das mãos, mas ainda vai
demorar um tempo para você saber se ele é destro ou canhoto.
Por
essa época é provável que a criança comece a não querer fazer uma das sonecas
diurnas, normalmente a da manhã. É um período de transição que pode ser difícil
para toda a família, até que todo mundo se adapte aos novos hábitos.
Desobediência
pura e simples
Você
diz "Não pode mexer aí", ele olha bem para você e mexe? É duro não
ficar irritado com tamanha cara de pau, mas os especialistas aconselham que
você ignore esse tipo de comportamento (na prática, finja que não viu), em vez
de dar uma senhora bronca. Isso evita que tudo vire motivo para um confronto
entre vocês dois.
A
questão é que nesta idade a criança ainda está adquirindo autocontrole. Ela
quer tudo aqui e agora. Por isso vai pedir a água naquele copo específico, vai
querer usar sandália num dia de frio e não haverá quem a convença do contrário.
Tudo porque ela quer que seu mundo seja previsível, já que assim ela se sente
muito mais segura.
Por
incrível que pareça, carinho e contato físico, além de muita calma, são o que
mais resolve nessas situações. Mostre o quanto ficou feliz se ele finalmente
concordar com você, mas esteja preparado para mudar rápido de assunto para
tentar evitar um drama ainda maior.
Lembre-se
de que esse tipo de escândalo faz parte do desenvolvimento do seu filho. Eles
tendem a acontecer quando a criança está cansada, com fome ou excitada demais.
Às vezes ele só quer é atenção. Nesse caso, dedique um tempinho para um abraço
e um bate-papo que as coisas devem melhorar.
Mais
simpatia
A fase de estranhar
pessoas desconhecidas começa a melhorar. A criança passa a criar relações
específicas com outras pessoas que não só o pai ou a mãe. Fica mais fácil para
ela fazer amizade com a professora nova ou dar tchau e sorrir par
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